Apneia do sono: já ouviste falar?
É um problema que provoca interrupções da respiração durante o sono. É relativamente comum, por isso, caso tenhas algum sintoma, o melhor a fazer é consultar o médico.
Os ciclos repetidos de paragem respiratória durante o sono privam o organismo do oxigénio necessário e, isso, pode levar a complicações de saúde.
Mas, calma. Isto não tem de ser um bicho de sete cabeças. Neste artigo, vais encontrar toda a informação que precisas sobre este problema:
➡ o que é.
➡ quais as causas e sintomas.
➡ as complicações, o diagnóstico e o tratamento.
Vens connosco? :)
O que é a apneia do sono?
Já explicamos o conceito atrás, mas aqui vai uma definição mais completa:
A apneia do sono é uma doença respiratória caracterizada por episódios recorrentes de colapso da faringe.
Os episódios acontecem durante o sono, condicionando a sua obstrução completa (apneia) ou incompleta (hipopneia).
A apneia do sonopode resultar em problemas cardiovasculares graves, entre outras doenças.
As paragens respiratórias provocam:
➡ diminuição da oxigenação do sangue.
➡ despertares noturnos não conscientes.
Apesar dos doentes conseguirem dormir, o cérebro não repousa.
A saber:
➡ 90% das pessoas que sofrem desta síndrome ressonam.
➡ a roncopatia (ressonar) resulta de um som originado pela vibração do palato e das paredes da faringe.
Quais os sintomas da apneia do sono?
São vários e podem manifestar-se durante o sono ou quando estás acordada. Por isso, vamos especificar cada um deles em detalhe.
Sintomas que se manifestam durante o sono:
➡ insónias.
➡ ressonar.
➡ sono agitado.
➡ necessidade de urinar.
➡ despertares com sensação de sufoco.
➡ pausas ou paragens respiratórias (apneias).
Por outro lado, os sintomas que o doente pode ter quando está acordado, podem ser:
➡ irritabilidade.
➡ falta de atenção.
➡ sensação de sono não reparador.
➡ diminuição da memória ou da capacidade de concentração.
➡ problemas sexuais (diminuição do interesse ou impotência).
➡ sonolência excessiva: com fadiga crónica, necessidade de beber um maior número de cafés por dia.
➡ adormecer em várias situações: a ler, a ver televisão, em salas de espera, durante reuniões, no cinema, em transportes, a comer, ou mesmo a conduzir.
Quais são os fatores de risco para a apneia do sono?
Os fatores de risco para o desenvolvimento desta síndrome podem estar ligados a hábitos do dia-a-dia ou a doenças pré-existentes.
No que toca a estilo de vida, os fatores de risco podem ser:
➡ tabaco.
➡ excesso de peso.
➡ consumo excessivo de álcool.
Pelo contrário, há algumas doenças que podem gerar este problema, entre as quais:
➡ fibrilhação auricular.
➡ insuficiência cardíaca.
➡ problemas respiratórios: doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), hipertensão pulmonar, doença pulmonar intersticial.
A apneia do sono tem complicações?
Sim, quando não diagnosticada ou tratada, esta síndrome pode ter complicações e efeitos a curto e longo prazo.
Os problemas mais comuns incluem:
➡ cansaço extremo.
➡ maior risco de acidentes.
➡ redução da qualidade geral do sono.
➡ dificuldade de concentração durante o dia.
A longo prazo, a apneia do sono pode contribuir para o aparecimento de problemas de saúde mais graves, como:
➡ diabetes.
➡ depressão.
➡ hipertensão.
➡ insuficiência cardíaca.
➡ acidente vascular cerebral.
<h3>Quando procurar ajuda médica:</h3>
Apesar de todos os sintomas e fatores de risco, podes ter este problema sem haver qualquer tipo de sintoma.
De qualquer das formas, consulta um médico se:
➡ sentires fadiga e sonolência inexplicáveis (mesmo durante o dia).
➡ alguém se queixar que ressonas frequentemente ou que respiras fundo durante a noite.
<h2>Então, mas como se faz o diagnóstico desta síndrome?</h2>
Os médicos têm uma série de ferramentas para diagnosticar a apneia do sono, entre as quais:
➡ estudos poligráficos do sono noturno.
➡ exames complementares endoscópicos.
Além disso, para fazer um diagnóstico acertado, o médico tem de ter em conta:
➡ o teu historial médico.
➡ que medicação está a tomar.
➡ os fatores de risco subjacentes.
➡ que problemas além da apneia do sono podem contribuir para a sonolência diurna.
Quando fazes um estudo do sono, estas são algumas das informações que vão ser recolhidas:
➡ ondas cerebrais.
➡ ritmo respiratório.
➡ frequência cardíaca.
➡ movimentos musculares.
➡ níveis de oxigénio no sangue.
<h2>Como tratar a apneia do sono?</h2>
Boas notícias: esta síndrome tem tratamento!
O tratamento deve começar sempre por tentar corrigir os fatores de risco:
➡ obesidade.
➡ o refluxo gastroesofágico.
➡ ingestão de álcool à noite.
➡ a toma de certos medicamentos.
➡ a posição de decúbito dorsal (dormir de barriga para cima).
O tratamento médico mais standard consiste na utilização de um aparelho durante a noite:
➡ este aparelho aumenta a pressão nas vias aéreas superiores, impedindo as apneias.
➡ é eficaz em quase todos os doentes.
➡ tem desvantagens associadas: pode ser incomodativo, além de ter de ser usado permanentemente.
Também há diversas terapêuticas cirúrgicas que podem ser aplicadas de acordo com as alterações encontradas no paciente, designadamente anomalias nasais, da faringe e palato, língua e craniofaciais.
<h3>Concluindo…</h3>
A apneia do sono é uma condição séria, mas completamente tratável.
Embora os sintomas possam parecer um problema isolada, a realidade é que pode afetar profundamente a qualidade do sono e a saúde em geral.
Se depois de leres este artigo, reconheceres algum dos sintomas, ou fatores de risco, deves consultar o teu médico, para um diagnóstico adequado.
Lembra-te: quanto mais cedo identificares esta síndrome, mais eficaz será o tratamento. Com a abordagem certa, podes ter uma vida tranquila, repleta de noites de sono reparadoras.
Não ignores os sinais e toma as rédeas da tua saúde!
Partilha este artigo com alguém que também esteja a passar por este problema.