Provavelmente já ouviste falar da andropausa como a “versão masculina” da menopausa.
Sim, ambos os problemas estão relacionados com alterações hormonais associadas ao envelhecimento, mas são conceitos bastante diferentes.
Preparamos este artigo para perceberes mais sobre este fenómeno. Aqui, vais descobrir:
- a definição de andropausa.
- quais os sintomas a ter em atenção.
- como é feito o diagnóstico.
- algumas estratégias para controlar os sintomas e teres mais qualidade de vida.
Estás preparado? Põe-te confortável e embarca connosco nesta viagem. 🙂
Afinal, o que é a andropausa?
A andropausa — ou síndrome de deficiência androgénica —, está associada ao processo natural de envelhecimento do homem.
Este fenómeno acontece mais ou menos a partir dos 45 anos e resulta graças a uma diminuição significativa dos níveis de testosterona (a hormona masculina).
Menopausa vs andropausa: quais as diferenças?
➡ na menopausa os ovários deixam de produzir óvulos e a libertação de estrogénios cai de forma abrupta.
➡ na andropausa continuam a ser produzidos espermatozoides e a produção de testosterona sofre uma diminuição progressiva.
➡ a diminuição de produção de testosterona não se traduz necessariamente em infertilidade. Os homens podem conseguir ter filhos até uma idade avançada e, quando saudáveis, podem produzir esperma até depois dos 80 anos.
A testosterona:
➡ contribui para a produção de espermatozoides.
➡ aumenta a massa muscular e a densidade óssea.
➡ contribui para um bom desempenho sexual e para a função reprodutiva.
➡ promove o desenvolvimento das características sexuais primárias e secundárias.
Quais são os sintomas da andropausa?
Primeiro, tens de perceber que nem todos os homens têm sintomas associados a este problema.
No entanto, a partir do fim dos 40 anos ou início dos 50, podem manifestar-se sintomas a nível físico e sexua, tais como:
➡ disfunção erétil.
➡ queda de cabelo e pele mais seca.
➡ redução do tamanho dos testículos.
➡ inchaço das mamas (ginecomastia).
➡ alterações de humor: irritabilidade, nostalgia.
➡ diminuição do desejo sexual, da ejaculação e do orgasmo.
➡ diminuição da força, da massa muscular e da densidade óssea (osteoporose).
➡ perturbações do sono: insónias, sono agitado, ou períodos de maior sonolência.
➡ alterações do tecido adiposo, com maior concentração de gordura na zona abdominal.
Tens algum destes sintomas? Ou até vários? Então, consulta o teu médico. Estes sintomas podem fazer parte do processo normal do envelhecimento, mas também podem estar associados a outras condições que devem ser excluídas.
Como é feito o diagnóstico?
Os baixos níveis de testosterona são diagnosticados através de uma análise ao sangue.
Os valores desta hormona variam ao longo do dia, mas são, regra geral, mais elevados de manhã. Por isso, esta é a altura ideal para se fazer a análise.
A saber:
➡ por norma, os níveis de testosterona de um homem são considerados baixos se forem inferiores a 300 ng/dl (nanogramas por decilitro de sangue).
➡ quando tens níveis de testosterona inferiores ao normal, mas não tens sintomas nem alterações da tua qualidade de vida, não é necessário tratamento.
Estratégias para controlar os sintomas da andropausa:
Os sintomas da andropausa podem ser aliviados através de mudanças do estilo de vida, como:
➡ ter uma alimentação equilibrada.
➡ praticar exercício físico regularmente: para te ajudar a manter forte, com energia, para prevenir a perda de massa muscular e para teres noites de sono mais tranquilas.
Em alguns casos, o médico pode optar pela terapia de reposição de testosterona, porque:
➡ ajuda a aliviar os sintomas.
➡ melhora a libido, a depressão e a fadiga.
➡ o tratamento pode ser feito através de injeções, emplastros, géis, entre outros.
No entanto, como deves calcular, qualquer tipo de tratamento apresenta riscos. Por isso, o teu médico especialista deve avaliar o risco-benefício da terapia em questão.
Concluindo:
A andropausa é um processo natural do envelhecimento masculino, mas isso não significa que tenhas de aceitar os sintomas sem fazer nada.
Embora a queda dos níveis de testosterona possa trazer algumas mudanças físicas e emocionais, há estratégias que podes adotar para minimizar o impacto no teu dia-a-dia.
Uma alimentação equilibrada, a prática regular de exercício físico e um acompanhamento médico adequado são essenciais para manteres a tua qualidade de vida.
Se notaste alguns dos sintomas que mencionámos, o melhor que podes fazer é marcar uma consulta e esclarecer todas as tuas dúvidas com um profissional de saúde.
Afinal, cuidar de ti é o primeiro passo para um envelhecimento saudável e cheio de energia! 😊
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