A obesidade é uma doença crónica, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como a epidemia do século XXI.
Em Portugal, cerca de 53% da população é obesa. Isto tem um impacto negativo na qualidade de vida dos doentes.
Além disso, é um fator de risco para mais de 200 complicações e doenças. Por isso, é um assunto que deve ser tratado com seriedade.
Hoje, celebra-se o Dia Mundial da Obesidade e, como tal, preparamos este artigo especialmente para ti.
Aqui, vais descobrir tudo sobre a doença: o que é, sintomas, causas, fatores de risco e como prevenir.
Vamos a isto?
O que é a obesidade?
Nós sabemos que provavelmente sabes, mas ainda assim queremos explicar-te.
Segundo a OMS, a obesidade e o excesso de peso são definidos como uma acumulação anormal ou excessiva de gordura.
Considera-se excesso de peso quando o Índice de Massa Corporal (IMC) é entre 25 a 30 e, em situações em que é superior a 30, passa a chamar-se obesidade.
De acordo com o Centers of Disease Control and Prevention, fatores como a idade, o sexo, a etnia e a massa muscular, podem influenciar a relação entre o IMC e a gordura corporal.
No entanto, o IMC é uma medida com limitações, porque:
➡ Não distingue excesso de gordura, músculo ou massa óssea.
➡ Não fornece qualquer tipo de indicação sobre a distribuição de gordura pelo corpo.
Ainda assim, é o indicador mais utilizado para medir o tamanho do corpo, por ser o mais barato.
Quais os sintomas da obesidade?
Não há sintomas específicos associados à doença.
O médico pode diagnosticar a doença com base nos seguintes dados:
➡ IMC superior a 30.
➡ Quantidades excessivas de gordura abdominal (visceral).
➡ Perímetro da cintura superior a 40 polegadas para os homens e 35 para as mulheres.
O peso, de acordo com o IMC, pode ser classificado desta forma:
18.5 ou menos — Abaixo do peso normal
Entre 18,5 a 25 — Peso normal
25 a 30 — Excesso de peso
Entre 30 a 35 — Obesidade classe 1
Entre 35 a 40 — Obesidade classe 2
40 ou mais — Obesidade classe 3 (também conhecida como obesidade mórbida, extrema ou grave).
O que causa a obesidade?
A ingestão de mais calorias do que aquelas que se queimam na atividade diária e no exercício físico, a longo prazo, pode levar à obesidade.
À medida que o tempo passa, estas calorias extra acumulam-se e levam ao aumento de peso.
Mas nem sempre se trata apenas de ingerir calorias ou de ter um estilo de vida sedentário.
Embora estas sejam, de facto, causas da obesidade, há algumas que não se conseguem controlar.
As causas mais comuns desta doença incluem:
➡ a genética, que pode afetar a forma como o teu corpo transforma os alimentos em energia.
➡ o envelhecimento, que geralmente leva à diminuição da massa muscular e a uma taxa metabólica.
➡ exposição a elevados níveis de stress, que podem desencadear a produção de hormonas, que levam ao aumento do apetite.
➡ ciclos de sono irregulares que mais uma vez pode levar a alterações hormonais, que fazem com que sintas mais fome e anseies por alimentos altamente calóricos.
➡ a gravidez, uma vez que o peso ganho durante a gravidez pode ser difícil de perder.
Alguns problemas de saúdepré-existentes também podem levar à obesidade, como:
➡ osteoartrite.
➡ hipotiroidismo.
➡ síndrome metabólica.
➡ síndrome dos ovários poliquísticos.
Quais são as complicações da obesidade?
São muitas e preocupantes.
Ter um rácio elevado de gordura corporal em relação à quantidade de músculo exerce pressão sobre os ossos e os órgãos internos.
Isto aumenta a inflamação, que pode ser um fator de risco para o cancro.
Outras complicações podem ser:
➡ diabetes tipo 2.
➡ doenças cardíacas.
➡ tensão arterial elevada.
➡ doença da vesícula biliar.
➡ acidentes vasculares cerebrais.
➡ apneia do sono e outros problemas respiratórios.
Como prevenir a obesidade?
A boa notícia é: esta doença pode ser prevenida e tratada.
Para isso, só tens de ajustar o teu estilo de vida e, sempre que possível, adotar hábitos saudáveis.
Algumas medidas passam por:
➡ praticar exercício físico moderado: caminhadas, natação, bicicleta, entre outros.
➡ alimentação equilibrada sempre, composta por alimentos nutritivos como frutas, legumes, cereais integrais e proteínas magras.
➡ consumir com moderação alimentos muito calóricos e ricos em gorduras saturadas e trans.
➡ procurar ajuda especializada, para te acompanhar durante o processo.
Não te esqueças:
Para teres um estilo de vida saudável e combateres a obesidade, não precisas de ter comportamentos extremistas.
A vida quer-se com equilíbrio. Por isso, está tudo bem se num dia não praticares exercício físico, ou se comeres um alimento mais calórico.
O segredo é saber balançar tudo de forma a que te sintas confiante e tranquila durante o processo.
