Sabias que…
Portugal é o quinto país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com mais pessoas com problemas de saúde mental?
Infelizmente, é verdade! O relatório “Health at a Glance: Europe 2018 - State of health in the EU cycle” revela que 18.4% da população portuguesa sofre de ansiedade, depressão, ou problemas com o consumo de álcool e drogas.
Viver com esta perturbação é difícil. Não se vê e, muitas vezes, não se consegue explicar. Em casos mais graves, os sintomas podem ser incapacitantes.
Neste artigo, queremos desmistificar esta doença: vamos contar-te o que é, quais são as causas e os sintomas, e quais as opções de tratamento.
Vamos a isto?
O que é a ansiedade?
Então, a ansiedade é uma resposta natural ao stress.
É um sentimento de preocupação ou de medo que pode ser causado por uma combinação de fatores: genética, estilo de vida, alimentação, entre outros. É uma emoção que te ajuda a identificar situações de perigo e a manter-te alerta.
No entanto, quando persistente, torna-se um problema. Vamos lá trocar isto por miúdos:
➡ Podes sentir-te nervosa ou ansiosa com algo que vai acontecer, por exemplo, com o início de um novo emprego. Até aí tudo bem. O problema acontece quando ficas excessivamente preocupada ou ansiosa de tal forma que começa a afetar a tua qualidade de vida.
Existe uma diferença entre “ansiedade quotidiana” (provocada pelas mudanças naturais da vida) ou perturbação de ansiedade.
Quais são os tipos de ansiedade que existem?
Algumas “formas” desta doença incluem:
➡ Fobia social;
➡ Ansiedade social;
➡ Perturbação de pânico;
➡ Ansiedade de separação;
➡ Stress pós-traumático (PTSD);
➡ Perturbação obsessivo-compulsiva (TOC);
➡ Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).
E os sintomas? Quais são?
Os sintomas mais comuns desta perturbação são:
➡ Suores;
➡ Tremores;
➡ Sensação de fadiga;
➡ Dificuldade em adormecer;
➡ Dificuldade de concentração;
➡ Aumento da frequência respiratória;
➡ Taquicardia — aumento da frequência cardíaca;
➡ Sensação de apreensão/preocupação, de impotência, de medo ou pânico.
Quais são as causas da ansiedade?
Em alguns casos, a ansiedade poderá ter uma causa evidente. No entanto, em alguns casos, não tem origem aparente.
Apesar de não existir um consenso para a sua origem, pode resultar de um conjunto de fatores:
➡ Stress;
➡ O consumo de álcool, drogas, chá, café, tabaco e alguns medicamentos também podem estar associados a crises;
➡ A ocorrência de experiências stressantes e a incapacidade de lidar com elas.
De um modo geral, os problemas do dia-a-dia, são fatores que podem causar ansiedade e, em casos mais graves, angústia.
Além disso, as dificuldades pessoais de inserção na sociedade e os conflitos internos no domínio afetivo, emocional e sexual, podem conduzir a uma sintomatologia ansiosa.
A ansiedade tem tratamento?
Sim, tem! É um processo demorado, algo solitário, mas é possível controlar os sintomas.
O tratamento ajuda-te a ultrapassar os sintomas e a ter um dia-a-dia mais fácil de gerir. Pode dividir-se em 3 categorias:
➡ Psicoterapia: pode incluir terapia cognitivo-comportamental e prevenção da resposta à exposição;
➡ Terapias alternativas: aqui incluem-se atividades como yoga, pilates, meditação, mindfulness, entre outros;
➡ Medicação: ansiolíticos e/ou antidepressivos.
Atenção: antes de tomar qualquer medicamento, ou suplemento, aconselha-te com o teu médico.
A mudança de hábitos de vida pode ajudar a reduzir os sintomas?
Sim, pode! Implementar algumas mudanças no estilo de vida pode ajudar a aliviar o stress e ansiedade do dia-a-dia.
Cuidar de ti, do teu corpo e da tua mente, é a melhor forma de lidar com os sintomas.
Algumas medidas que podes adotar:
➡ Medita;
➡ Pratica exercício físico regularmente;
➡ Mantém uma rotina de sono regular;
➡ Mantém uma alimentação equilibrada;
➡ Evita o consumo de cafeína, álcool e cigarros.
Então, o que preciso de saber:
➡ A ansiedade é um sentimento normal. Pode ser tratada com medicação, psicoterapia ou uma combinação dos dois;
➡ A alteração de alguns hábitos, em muitos casos, pode melhorar significativamente alguns sintomas;
➡ Apesar de ter tratamento, esta perturbação não desaparece. Ao longo do tempo, vais adquirindo estratégias para controlar os sintomas.
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