A depressão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é um dos principais problemas de saúde da sociedade atual. É uma perturbação afetiva caracterizada por sentimentos de tristeza, desmotivação e alterações do sono.
Apesar de não existirem dados concretos, pensa-se que, em Portugal, cerca de 20% de população passou, em algum momento, por um episódio depressivo.
Sabemos que há um estigma associado a esta doença. Por isso, preparamos este artigo para ti, para que percebas que é uma doença como outra qualquer. Não estás maluca. Não és um fracasso. Não és uma falhada.
O nosso objetivo é desmistificar a depressão. Aqui, vais encontrar tudo o que precisas de saber sobre este problema: o que é, quais os sintomas, as causas, os fatores de risco e como podes procurar ajuda.
Vamos a isto?
Para começar…
O que distingue a depressão de “estar triste”?
A depressão e a tristeza são duas situações completamente diferentes.
A tristeza é uma emoção natural e transversal a todas as pessoas em algum momento das suas vidas.
A depressão, por outro lado, passa por um sentimento de tristeza constante. Isso, em conjunto com outros sintomas, pode interferir com o desempenho de atividades do dia-a-dia aparentemente simples.
Muitas vezes, este problema, passa despercebido, porque os sintomas podem ser atribuídos a uma série de outras causas (como doenças físicas ou stress).
Quais são os sintomas da depressão?
A depressão, embora comum, é muito grave e tem de ser tratada. Pode assumir diferentes formas e graus de gravidade.
Os sintomas podem prolongar-se no tempo, podendo incluir:
➡ Diminuição do desejo sexual.
➡ Alterações de peso e do apetite.
➡ Irritabilidade, tensão e agitação constante.
➡ Perda de interesse e de prazer nas atividades diárias.
➡ Perturbações do sono (insónias ou dormir em excesso).
➡ Sensação de vazio, aflição, preocupação e receios infundados.
➡ Sentimento constante de tristeza, aborrecimento e insegurança.
➡ Dificuldade de concentração, falhas de memória e de raciocínio.
➡ Em alguns casos, este problema pode manifestar-se através de dor sem causa aparente (dor de cabeça, problemas digestivos, caimbras, mal-estar geral).
Nas formas mais ligeiras, a intensidade dos sintomas é menor e, na maior parte dos casos, permite a manutenção das atividades diárias.
Embora, sintomas como a sensação de fadiga, tristeza e desinteresse, continuem presentes.
Nas formas mais graves, os sintomas podem surgir sem relação aparente com episódios traumáticos da vida e que podem durar vários meses.
Quais são as causas da depressão?
Este problema não tem uma causa aparente. Resulta de uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos.
De qualquer das formas, algumas das causas podem ser:
➡ Hereditariedade, para alguns tipos de depressão.
➡ Acontecimentos traumáticos da vida.
➡ O tipo de personalidade e a forma como cada um de nós lida com os problemas também se associa a maior ou menor predisposição para a depressão.
Há fatores de risco?
Sim, há. E, nós, vamos dizer-te quais são:
➡ Medicamentos: contraceptivos, corticóides, beta-bloqueadores, entre outros.
➡ Genética: se existir historial de depressão na família, o risco de sofrer de depressão é maior.
➡ Sexo: a prevalência da depressão é duas vezes maior no sexo feminino do que no sexo feminino.
➡ Deficiência em vitamina D: alguns estudos relacionam esta doença a baixos níveis de vitamina D.
➡ Estatuto socioeconómico: problemas financeiros, baixo estatuto social, podem originar mais casos de depressão.
➡ Doenças: a depressão pode estar associada a outras doenças crónicas, como cancro, problemas cardiovasculares, entre outros.
A depressão tem tratamento?
Sim, tem.
Há diversas estratégias terapêuticas para o tratamento da depressão. O objetivo é minimizar os sintomas durante as crises e ajudar a evitar episódios depressivos.
A maioria dos dentes apresentam melhorias dos sintomas quando tratados com medicação, psicoterapia ou uma combinação de ambos.
No entanto, o tratamento depende de fatores como:
➡ A preferência do doente.
➡ A gravidade do quadro clínico.
➡ Presença ou não de outras doenças.
4 dicas para contornar os sintomas da depressão:
➡ Evita o álcool e outras substâncias de abuso.➡ Mantém um estilo de vida saudável: pratica exercício físico, tem uma alimentação equilibrada, mantém uma rotina de sono adequada.
➡ Socializa: pode parecer básico, mas é muito importante. Não te isoles. Rodeia-te das pessoas certas, conversa com elas, não tenhas medo de exprimir os teus sentimentos.
➡ Aprende a impôr limites: a sensação de “assoberbamento” pode aumentar os sintomas de ansiedade e depressão. Definir limites para a tua vida profissional e pessoal, pode ajudar a sentir-te melhor.
Concluindo…
➡ Encontra formas de gerir o stress e melhorar a autoestima, para teres uma vida tranquila.
➡ Não te isoles. Rodeia-te das tuas pessoas. A vida é muito mais fácil quando tens pessoas que gostam de ti.
➡ Lembra-te: a depressão tem cura. Não tenhas vergonha em procurar ajuda. Se experienciares algum sintoma estranho, de forma permanente, consulta um especialista.
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